É comum a crença entre as mulheres de que qualquer antecedente familiar de câncer de mama já a torna como de alto risco para desenvolver a doença. Mas será que é isso mesmo? Quando se considera que uma mulher tem risco aumentado para desenvolver câncer de mama?

Os critérios para considerar uma mulher como de “alto risco para câncer de mama” são:

– História familiar de câncer de mama em parente de primeiro grau* antes dos 50 anos
– História familiar de câncer de mama bilateral em parente de primeiro grau
– História familiar de câncer de mama masculino
– Antecedente pessoal de biópsia de mama com diagnóstico de lesão proliferativo ou atípica
– Antecedente pessoal de radioterapia torácica entre os 10 e 30 anos de idade
– Antecedente pessoa de câncer de mama

*parente de primeiro grau = pais, irmãos, filhos.

O ginecologista ou o mastologista são os médicos que avaliam os dados acima apresentados e podem assim estratificar o risco que a mulher apresenta. Existem diversas ferramentas clínicas que auxiliam o médico a determinar se a paciente tem realmente risco aumentado.

Em vista do alto risco, além do rastreamento mais precoce, existem diversas medidas que o mastologista pode propor, como testes genéticos que podem auxiliar na decisão de medidas como mastectomia profilática ou tratamento farmacológico profilático.

Dra. Carolina Corsini
Ginecologista e Obstetra
CRM-SP: 109680