Baixa produção de leite materno

É muito comum a percepção pelas mães de baixa produção de leite materno e com ela vem as preocupações: será que meu leite é fraco? Será que vou parar de produzir leite? Será que meu bebê não quer mais meu leite?
Percebo também certa ansiedade por parte dos profissionais de saúde (obstetras, pediatras, enfermeiras) em tentar resolver o problema com o uso de medicamentos antes de tentar outros métodos. Principalmente porque a mulher, nesta fase, apresenta grande labilidade emocional.
Antes de medicar, é importante conversar e ouvir. Ouvir as queixas da mãe, tentando entender se há algum problema, algum quadro de depressão puerperal ou se é apenas o puerpério normal, com seus altos e baixos emocionais. Conversar muitas vezes ajuda bastante. Quando a mãe percebe que o que ela está sentindo é normal, ela se sente acolhida e diminui bastante sua ansiedade, que pode interferir na produção de leite.
Devemos lembrar que o estímulo mecânico do complexo aureolomamilar e a ordenha do leite são os fatores mais importantes para estimular a produção de leite. Sendo assim, é importante orientar sobre as medidas não farmacológicas que aumentam a produção de leite, como técnica correta para amamentação, massagem das mamas, aumento da frequência das mamadas. A assistência adequada nas técnicas de aleitamento aumentam consideravelmente as taxas de sucesso da amamentação.
Em segundo plano entram as medicações que aumentam a produção de leite (conhecidas com galactogogos). Sua indicação deve ser realizada por profissional experiente e os riscos e benefícios devem ser discutidos individualmente.
Amamentar é uma delícia! Mas se pra você não for, procure ajuda.

Dra. Carolina Corsini
Ginecologista e Obstetra
CRM-SP: 109680

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