O papel do ginecologista nos cuidados da população LGBTQ

Mulheres que se identificam como lésbicas, gays, transexuais, “queer” ou não-binárias tendem a ter pior controle da sua saúde em comparação com a população de mulheres heterossexuais.

Diversos fatores podem estar relacionados a este achado, mas um dos fatores de grande importância é a dificuldade que essas mulheres têm no acesso aos cuidados da saúde de qualidade. Isto quer dizer, cuidado da sua saúde como um todo em um ambiente livre de preconceitos e julgamentos desde a entrada até a finalização.

Diante da escassez de serviços com essas características, essas mulheres procuram menos os serviços de saúde e tendem a fazer menos exames preventivos (como mamografia e papanicolaou).

Será que nossos clínicas / hospitais / ambulatórios são amigáveis neste sentido?

Nós, como ginecologistas, precisamos estar conscientes das necessidades dessa população e criar ambientes em que todos se sintam confortáveis – desde o momento em que a pessoa entra até o momento que sai.

Apesar de, obviamente, não haver diferenças fisiológicas entre mulheres heterossexuais e LGBTQ, pode haver diferenças psicológicas e comportamentais além de maior risco de algumas doenças.

Ambientes acolhedores são bem vindos para todos, né? Vamos repensar nossas atitudes?

Dra. Carolina Corsini
Ginecologista e Obstetra
CRM-SP: 109680

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