Idealmente, não. Não há doses seguras para consumo de álcool durante a gestação e todo tipo de bebida, incluindo cerveja ou vinho, pode trazer algum dano para a saúde do bebê. Por conta disso, a abstinência durante a gestação parece ser a escolha mais prudente.

O álcool consumido pela mãe chega até o bebê via cordão umbilical e seu consumo está associado a uma série de complicações conhecidas como síndrome alcoólica fetal (SAF). A síndrome alcoólica fetal é a principal causa de deficiência mental, não associada a causas genéticas.

A OMS recomenda que o consumo de álcool durante a gestação seja nulo porque não se estabeleceu nenhum nível de consumo seguro, a medida que outros fatores como genética e características maternas e fetais podem também influenciar no seu desenvolvimento.

A Sociedade de Obstetras e Ginecologistas do Canadá publicou em 2010 (com revisão em 2015), um consenso sobre o consumo de álcool na gestação e apontou que, nessa fase, não há evidências que determinem uma quantidade segura de ingestão.

A Sociedade de Pediatria de São Paulo publicou uma extensa revisão acerca dos efeitos do álcool na gestante, no feto e no recém-nascido, concluindo, da mesma forma, que a abstinência é opção mais segura.

Mariana Del Bosco
Nutricionista