Vacina contra COVID-19 para gestantes e lactantes

Gestantes e lactantes podem receber a vacina contra a COVID-19?
Sim, podem. As vacinas disponíveis no Brasil (atualmente Coronavac e Astra Zeneca) são consideradas seguras.
Não foram testadas em gestantes e lactantes, porém, os estudos realizados em animais não mostraram efeitos teratogênicos – são portanto consideradas categoria B (assim como a maioria dos medicamentos que as gestantes eventualmente fazem uso).

A recomendação atual da FEBRASGO (Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia) é:
“Puérperas e lactantes podem tomar a vacina com segurança se forem convocadas para tanto. As gestantes, por seu turno, devem ser avaliadas sobre o risco de exposição e contágio, quando então, a decisão de vacinar ou não deve ser compartilhada entre o médico e a própria gestante com base no risco apurado.”
Atualmente, no Brasil, dentre as mulheres em idade fértil, apenas as profissionais de saúde estão sendo convocadas para receber a vacina.
É importante avaliar o risco individual, risco de exposição e o desejo da gestante de ser vacinada.
Sendo assim, vou colocar alguns exemplos:

1 – enfermeira gestante de 16 semanas que trabalha em pronto-socorro: devido ao alto risco de exposição (risco de contrair a doença é maior do que o risco de um improvável efeito colateral da vacina), esta paciente deve ser encorajada a receber a vacina.

2 – médica ginecologista de 38 anos, obesa, portadora de diabetes tipo 2, gestante de 20 semanas: ela apresenta risco intermediário de exposição (não está na “linha de frente” mas atende pacientes diariamente) e apresenta maior risco de complicação da doença Covid (gestação + diabetes + obesidade): ela deve também ser encorajada a receber a vacina.

3 – enfermeira com 30 semanas de gestação, sem doenças, que trabalha no setor administrativo de um posto de saúde: esta paciente tem baixo risco de exposição e baixo risco de complicação e, portanto, caso não se sinta segura, não precisa ser “forçada” a ser vacinada. Mas se for convocada e quiser receber a vacina, não há porque não fazê-lo.

É importante lembrarmos que a decisão final de receber ou não a vacina é da própria paciente.

Dra. Carolina Corsini
Ginecologista e Obstetra
CRM-SP: 109680

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